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Leiam e sejam abençoados!

Bom dia moçada, graça e paz!

O intuito do Blog, Aliança com Deus, é de semear a Palavra de Deus a todos os povos conforme diz na Bíblia Sagrada em Marcos 16:15: “E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Eu estou fazendo exatamente o que Jesus ordenou.

Não estou aqui para falar de religião porque Deus é um só. Estou aqui para proclamar o Evangelho, pois toda palavra que for lançada não voltará vazia, como diz a passagem de Isaías 55:11: “Assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para qual a enviei.”

Em Isaías 55:06 diz: “Buascai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”.
Busque a Deus de todo o coração e não espere algo acontecer em sua vida para buscá-lo verdadeiramente, busque-o enquanto pode, enquanto há tempo. Não deixe para amanhã, pois pode ser tarde demais. Eu estou aqui para falar um pouco de Seu amor por todos nós.

Desejo que o Espírito Santo toque no coração de todos que acessarem o Blog e que todos sejam abençoados, sarados e libertos para honra e glória de Deus.

Em Números 6:24 a 26 diz assim:
24 - “O SENHOR te abençoe e te guarde;
25 - O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
26 - O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.”

Que a Graça e a Paz de Cristo Jesus seja sobre a vida de todos hoje e sempre.


Abraços com carinho.


Pastor Sérgio Baldi

Boas Novas, leia.

Olá moçada, graça e paz!
Nessa próxima semana lançaremos dois espaços no blog para edificar as pessoas que entrarem para conhecer um pouco da Palavra de Deus.
Postaremos aqui no blog seu testemunho de vida para edificar os leitores. Deseja participar? Envie-nos o seu testemunho para pastorsergiobaldi@hotmail.com e assim poderemos dividir nossas experiências com os demais leitores!
Seja também um colunista do blog nos enviando um relato bíblico sobre o assunto da semana. Participe conosco nos ajudando a levar um pouco da Palavra de Deus.
Abraços e até a próxima semana!
Jesus abençoe a todos!

Consequentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.
Romanos 10:17

quarta-feira, 16 de março de 2011

VIOLÊNCIA: RETRATO DE UMA SOCIEDADE SEM DEUS
Introdução
- A violência está em toda parte.
- Não podemos passar um dia sem ouvir uma notícia sobre atos violentos nos meios de comunicação.
- Entretanto, mesmo ocorrendo em nosso país, em nossa cidade, em nosso bairro, a questão pode ficar um pouco distanciada e acadêmica até que somos vítimas da violência, ou alguém próximo a nós sofre algum tipo de agressão.
- Assaltos são cada vez mais comuns, seqüestros deixaram de ser um pesadelo apenas para os ricos e a violência se agrava muitas vezes seguida de assassinato.
- Uma estatística recente, na cidade de São Paulo, indica que uma em cada duas pessoas já foi assaltada.
- A impunidade se alastra, os governos se omitem, o ideal expresso por Paulo, em 1 Tm 2.2, onde ele nos comissiona a orarmos pelos governantes e autoridades, - para que possamos ter uma vida "tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade"- parece cada vez mais distante. Os casos a seguir são reais e ocorreram todos com famílias evangélicas, irmãos nossos, aqui no Brasil:
(1TM 2:1) - Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens,
(1TM 2:2) - em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.
==1.Um pai de família com alguns de seus filhos retornava para a propriedade rural que possuem em um estado do Norte do Brasil. O veículo é emboscado e atacado a tiros. Morre o chefe da família e um dos filhos. Deixou a esposa viúva, com vários filhos e filhas.
==2.Outro pai de família de classe média, que reside no estado do Rio de Janeiro, é seqüestrado e permanece em cativeiro por três semanas, sob constantes ameaças de morte, até que é libertado, sem o pagamento do resgate. Meses depois, ele e toda a sua família, permanecem ainda traumatizados com a ocorrência.
==3.Um missionário que reside na periferia de uma grande cidade nordestina, tem a sua propriedade invadida por três homens. Durante quase três horas eles aterrorizam a família e estupram a sua esposa e a sua filha mais velha, abusando também da outra filha adolescente.
= Qual é a nossa reação e compreensão do problema da violência? O que tem a Palavra de Deus a dizer sobre o assunto? Qual a responsabilidade dos governantes e das autoridades? Qual deve ser a postura do servo de Deus, numa era de violência e criminalidade?
1.A violência é um problema moderno?
No Salmo10, David, seu provável autor, descreve o homem violento da seguinte forma (vs.6-8): (SL 10:6) - Pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado; de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá.
(SL 10:7) - A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade.
(SL 10:8) - Põe-se de tocaia nas vilas, trucida (matar com crueldade) os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado.
- A ameaça constante acompanha a violência, assim como a linguagem desses é cheia de blasfêmias e maldição. Os atos, entretanto, não refletem a coragem propagada. Esses são, via de regra, traiçoeiros e ciladas armadas contra os desamparados e indefesos.
= A violência caracterizou o homem desde seus primeiros passos, logo após a queda. A Palavra de Deus nos relata a história do primeiro homicídio, em Gn 4.1-24. Lá, tomamos conhecimento como a ira de Caim contra seu irmão, Abel, o levou a cometer assassinato.
(GN 4:3) - Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
(GN 4:4) - Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta;
(GN 4:5) - ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.
(GN 4:8) - Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
(GN 4:23) - E disse Lameque às suas esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou.
Entre os descendentes de Caim, Lameque era violento e reagiu a agressões sofridas também com assassinatos (Gn. 4.23-24).
(SL 73:1) - Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo.
(SL 73:2) - Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos.
(SL 73:3) - Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.
(SL 73:4) - Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio.
(SL 73:5) - Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.
(SL 73:6) - Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto.
- Assim, antes do dilúvio, a violência já permeava a terra. Gn. 6.11 diz: "a terra estava corrompida à vista de Deus, e cheia de violência".
Após o dilúvio, Deus destruiu Sodoma e Gomorra pela impiedade, violência e imoralidade existentes naquelas cidades.
Em Gn 19.5 lemos que quando os anjos visitaram a Ló, os homens da cidade procuraram arrombar a casa para arrancarem os dois varões formosos, para os molestar sexualmente.
(GN 19:5) - e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles.
Mas adiante, ainda no livro de Gênesis, lemos que Jacó, em suas palavras finais, condenou a violência de dois de seus filhos - Simeão e Levi, pois utilizaram a espada não para defesa, mas como "instrumentos de violência" (49.5 e 6) para matarem homens e mutilarem touros.
(GN 49:5) - Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência.
(GN 49:6) - No seu conselho, não entre minha alma; com o seu agrupamento, minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens,e na sua vontade perversa jarretaram (cortar, amputar, decepar) touros.
Abimeleque, filho de Gideão, assassinou seus setenta irmãos, para conservar sozinho a liderança, após a morte do pai (Ju. 9.24). A violência marcou a vida de muitos reis de Israel, ao se afastarem dos caminhos de Deus. Violência foi também, inúmera vezes, praticada contra o povo de Deus, pelos seus inimigos.
(JZ 9:24) - para que a vingança da violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal viesse, e o seu sangue caísse sobre Abimeleque, seu irmão, que os matara, e sobre os cidadãos de Siquém, que contribuíram para que ele matasse seus próprios irmãos.
==Violência maior foi praticada contra o Nosso Senhor Jesus Cristo, torturado, espancado e pendurado pelas mãos e pés, com pregos, em uma cruz, culminando com uma morte lenta e dolorosa, por asfixia, sem ter qualquer pecado.
==Ali ele sofria violência e punição e morria em substituição aos seus amados que constituem a sua igreja - aqueles que, pela graça de Deus, o reconhecem como Salvador e Senhor de suas vidas.
==Muitos de seus discípulos experimentaram violência, ao longo de suas vidas, encontrando morte violenta, antes de passarem à glória eterna. O capítulo da fé, Hebreus 11, fala dos servos fiéis que experimentaram açoites, escárnios (zombaria), prisões, torturas e mutilações, ficando necessitados, aflitos e maltratados.
A violência, portanto, por mais presente que esteja em nossa era, não é um problema moderno.
Temos a tendência de sempre olhar o nosso tempo época como a pior que já existiu, mas quando lemos os relatos acima, da própria Palavra de Deus, vemos a violência, imoralidade, crueldade e impiedade sempre presentes no mundo.
Ocorre que ela é uma conseqüência do pecado e sendo assim, a violência está presente desde a queda de Adão, aparecendo as vezes com maior, outras vezes com menor intensidade nas diversas épocas da história da humanidade.
É verdade que as pessoas sem Deus encontram, cada vez mais, formas sofisticadas de exercitar a impiedade, mas lembremo-nos que mesmo que sejamos vítimas de violência, Deus está presente e reina soberano, executando justiça em seu próprio tempo.
Os problemas que possamos estar atravessando com certeza já fizeram parte da experiência de outros servos Seus. 1 Co10.13 nos ensina que as provações a que somos submetidos não são exclusivas à nossa experiência, mas são humanas, ou seja, comum aos demais homens, e que Deus nos concede a habilidade de poder suportá-las.
(1CO 10:13) - Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
2. Como procurou Deus restringir a violência?
O dilúvio foi um ato de julgamento de Deus contra a violência que campeava a terra. Foi assim que Deus falou a Noé (Gn. 6.13):
"Então disse Deus a Noé: resolvi dar cabo de toda a carne, porque a terra está cheia de violência dos homens: eis que os farei perecer com a terra".
Deus atingiu o mal na raiz, deixando para repovoar a terra apenas a família que lhe era temente. Deus, portanto, abomina a violência e não é sem razão que o Salmo 34:16 diz,
"O rosto do Senhor está contra os que praticam o mal, para lhes extirpar da terra a memória." Os violentos não terão herança com Deus. Ele é contra o que oprime e extorque (Salmo 35.10).
Após o dilúvio, para o controle da violência, Deus instituiu a pena de morte (Gn 9.6), muito antes da lei civil da nação de Israel.
(GN 9:6) - Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.
A Pena de Morte foi instituída por Deus naquela ocasião, portanto, como um dos freios contra a violência e os assassinatos, fundamentada no fato de que o homem foi criado à imagem dele próprio.
Ela foi comandada a Noé e a seus descendentes, antes das Leis Civis ou Judiciais, numa inferência de sua aplicabilidade universal.
Foi instituída por Deus e não pelo homem, e ela ocorreu não porque Deus desse pouca validade à vida do homem, mas exatamente porque Ele considerava esta vida extremamente importante.
Dessa forma, perdia o direito à sua própria vida qualquer um que ousasse atentar contra a criatura formada à imagem e semelhança do seu criador.
A pena capital está enraizada na Lei Moral de Deus que seria posteriormente codificada no decálogo.
O 6º mandamento, não matarás, expressa o mesmo princípio da santidade da vida, contido na determinação a Noé. Essa compreensão também é expressa na Confissão de Fé de Westminster, no seu capítulo 23 e no Catecismo Maior, nas perguntas e respostas 135 e 136.
A lei civil de Israel fornece solo fértil ao estudo de como Deus aplicou os princípios de sua lei moral a um povo específico, em uma época específica, com a finalidade de promoção de seus princípios de justiça.
Sabemos que a lei moral é normativa a todos em todos os tempos e que a lei civil era peculiar à teocracia (Forma de governo em que a autoridade, emanada dos deuses ou de Deus, é exercida por seus representantes na Terra.) de Israel, enquanto que a lei cerimonial ou religiosa apontava e foi integralmente cumprida em Cristo.
Entretanto, mesmo sem ser normativa para nós, podemos verificar como o sistema de crimes e punições do povo de Israel era destinado a fazer com que o crime realmente não compensasse e temos muito a aprender com os registros das Escrituras. Veja esses pontos interessantes, como exemplos:
1 . No povo de Israel não existia a provisão para cadeias, nem como instrumento de punição nem como meio de reabilitação. A cadeia era apenas um local onde o criminoso era colocado até que se efetivasse o julgamento devido. Em Números 15.34 lemos: "...e o puseram em guarda; porquanto não estava declarado o que se lhe devia fazer..."
2 . Não encontramos, na Palavra de Deus, o conceito de enclausuramento como remédio, ou a perspectiva de reabilitação através de longas penas na prisão e, muito menos, a questão de "proteção da sociedade" através da segregação do indivíduo que nela não se integra, ou que contra ela age.
3 . O princípio que encontramos na Bíblia é o da restituição. Em Levítico 24.21 lemos, (LV 24:21) - Quem matar um animal restituirá outro; quem matar um homem será morto. A restituição ou retribuição, era sempre proporcional ao crime cometido.
4 . Para casos de roubo, a Lei Civil de Israel prescrevia a restituição múltipla. Ex 22.4 diz "...se o furto for achado vivo na sua mão, seja boi, seja jumento, ou ovelha, pagará o dobro."
Assim Deus estruturou o seu povo com um sistema destinado a refrear a violência e a criminalidade.
Não há sombra de dúvidas que Deus julgará a violência e que ampara os seus, quando vítimas nas mãos do seu semelhante.
O Salmo 11.5 diz, "O Senhor põe à prova o justo e ao ímpio; mas ao que ama a violência a sua alma o abomina". O Salmo 72.13 e 14 registra - "Ele tem piedade do fraco e do necessitado, e salva a alma aos indigentes. Redime as suas almas da opressão e da violência, e precioso lhe é o sangue deles".
3.Qual o papel do estado, no que diz respeito à violência?
O salmo 55.9, que diz, "...vejo violência e contenda na cidade", parece escrito nos dias de hoje, e a visão de Ezequiel (7.23) é bem próxima à nossa realidade: "Faze cadeia, porque a terra está cheia de crimes de sangue, e a cidade cheia de violência".
O livro de Oséias expressa a dissolução dos costumes e dá a razão para esse estado de coisas - o afastamento de Deus e de seus princípios de justiça. Em OS. 4.2, lemos: "O que prevalece é perjurar (jurar falso), mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios".
Porque? Porque "não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus"(v. 1).
Mas qual o papel do estado, das autoridades, dos governantes no controle da violência?
Ele não pode "converter" as pessoas à força - não está em suas possibilidades nem faz parte de sua esfera de autoridade.
Mesmo sabendo que o remédio final para a violência é o evangelho salvador de Cristo, reconhecemos que o estado é o instrumento designado por Deus para restringir o mal e para regular o relacionamento entre os homens.
É pelas autoridades que o constituem que oramos a Deus para que atinjamos aquele ideal que nos referimos no princípio: que tenhamos uma vida "tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade" ( 1 Tm 2.2). Ele é a ferramenta que o povo recebeu de Deus para se manter em paz social.
==Não cabem ao indivíduo ações violentas como reações à violência.
A manutenção da lei e da ordem não pertence a um grupo ilegal de "vigilantes" ou "justiceiros" que massacram indiscriminadamente, sob a cobertura de estarem punindo os criminosos.
O crente não deve apoiar as ações fora da lei, por mais convenientes que elas pareçam e por mais evidentemente criminosos que sejam os massacrados.
Ele não se gloria na guerra de quadrilhas, nem deve passar pelos seus lábios a famosa frase: "ladrão bom é ladrão morto". Mas Deus não quer os cidadãos indefesos.
O estado constituído, os governantes, as autoridades estabelecidas, em qualquer sistema, são ministros de Deus para aplicação dos princípios de justiça.
==Sabemos que existem governos negligentes e corruptos.
Isso sobrevirá como uma terrível responsabilidade perante aqueles comissionados com a tarefa de governar, mas o preceito de Deus é que o governo correto deve ser o que louva ao que faz o bem e o que é vingador para castigar o que pratica o mal.
Assim sendo, não é sem motivo que possui armamentos para tal ("traz a espada"), como lemos em Rm 13.1-7.
(RM 13:1) - Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
(RM 13:2) - De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.
(RM 13:3) - Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela,
(RM 13:4) - visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.
(RM 13:5) - É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.
(RM 13:6) - Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço.
(RM 13:7) - Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.
Lembremo-nos, também, que Paulo, sob a inspiração do Espírito Santo, escreveu suas palavras não debaixo de um governo ideal, constituído de governantes crentes e tementes a Deus, mas sob um governo imposto, autoritário, invasor e também corrupto, mas nem por isso menos responsável diante de Deus.
A violência, conseqüência do pecado, está assim diretamente ligada à omissão dos governos e das autoridades.
Ela cresce na medida em que cresce a impunidade e o desrespeito ao homem como criatura de Deus, criada à sua imagem.
Quanto mais o estado age como ministro de justiça da parte de Deus mais decrescerá a violência.
Por outro lado, a sua parcialidade com os mais ricos, protegendo o acúmulo de riquezas angariadas indevidamente, aprofundará os abismos e carências sociais, gerando mais e mais problemas criminais.
A sua visão atenuada da criminalidade, na busca de explicações sociais, encorajará mais e mais violência na terra.
É necessário, como indivíduos tementes a Deus, que tenhamos a visão clara de que a principal função dos nossos governantes é exatamente a promoção da paz social, com a visão aguçada do bem e do mal, nos termos expressos pelas Escrituras.
Tudo o mais em que se envolvem deveria ser secundário a esse dever bíblico principal para com os seus cidadãos.
Devemos constantemente relembrar isso aos nossos governantes.
4.Qual o comportamento do Crente em uma era de violência?
Mesmo a violência sendo algo que acompanha os passos da humanidade submersa em pecado, é realidade que vivemos em uma era violenta, em um país violento. Como crentes, devemos relembrar os seguintes pontos:
1.Se somos vítimas de violência.
Podemos ser vítimas de violência, como vimos nos exemplos mencionados na introdução, ou como já pode ter sido a sua experiência.
Pode ser que você esteja agora sendo vítima de violência doméstica e ninguém sabe disso.
Lembre-se que Deus reina soberanamente e ele tem um propósito para tudo, mesmo que não entendamos o que está ocorrendo, em um determinado ponto de nossas vidas.
Se o irmão ou irmã está sendo vítima de violência, no temor do Senhor e em oração, procure a ajuda e aconselhamento em sua Igreja, com o seu pastor, com um dos oficiais, com um irmão ou irmã amiga.
Saiba que Deus não lhe desampara (Sl 72.13-14). Se você já foi vítima de violência, ore para que possa agir como o apóstolo Paulo, quando escreveu em 1 Co 1.4, "É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus".
Peça a Deus que lhe console e que lhe conforte, mas vá além disso - ninguém entende mais o que uma outra pessoa, que foi vítima de violência, está passando, do que você, que também já foi.
Aproxime-se, console-a também. Paulo continua, no v. 6: "Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto". Ore para que Deus lhe use bem como a sua experiência tão adversa e devastadora para o bem do seu Reino.
2.Não confiar em nossas próprias forças.
O Salmista, em uma era de guerras e batalhas afirmava: "Não confio no meu arco e não é a minha espada que me salva" (Salmo 44.6). A sua confiança estava no Senhor, e por isso ele continua: "Levanta-te para socorrer-nos, e resgata-nos por amor da tua benignidade". Que Ele seja também a nossa confiança e fonte de poder.
3.Procurar Refúgio em Deus.
O medo existe em meio à violência, mas Deus é maior do que todos e ampara os seus.
O Salmo 22 é um salmo messiânico profético que retrata a violência que seria cometida contra o ungido de Deus, Cristo Jesus. Mas ele é também o reflexo da experiência de David. Houve ocasiões de mêdo em sua vida: "derramei-me como água e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim (v.14)", mas a confiança no livramento de Deus era constante: "Livra-me a minha alma da espada, e das presas do cão a minha vida"(v. 20). Ele sabia que Deus ampara os seus: "Pois não desprezou nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas ouviu, quando lhe gritou por socorro".
Em 2 Samuel 22.3 temos o registro de David exclamando: "Ó Deus, da violência tu me salvas."
Não deve haver desespero, portanto, na vida do crente. Oremos por coragem advinda de Deus e para que ele remova o medo e a apreensão na presença de tanta violência.
4.Nunca ser violento.
O crente não deve ser violento, mas deve ser conhecido por sua mansidão e índole pacífica. Assim somos instruídos em Mateus 5.1-12, no sermão da montanha, por nosso Senhor Jesus Cristo.
(MT 5:1) - Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos;
(MT 5:2) - e ele passou a ensiná-los, dizendo:
(MT 5:3) - Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
(MT 5:4) - Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
(MT 5:5) - Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
(MT 5:6) - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
(MT 5:7) - Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
(MT 5:8) - Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
(MT 5:9) - Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
(MT 5:10) - Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
(MT 5:11) - Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
(MT 5:12) - Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.
Devemos poder exclamar como Jó (16.17): "... não haja violência nas minhas mãos, e seja pura a minha oração". Isso quer dizer também:
- Nunca exercer violência física no lar - Com isso não queremos dizer que a disciplina, da parte dos pais, não deve existir, mas devemos discernir entre a firme disciplina - mencionada em Pv. 10.13 e 24; 22.15; 23.13 e 14; 29.15 - e a violência que é fruto da ira inconseqüente, como lemos em Pv. 9.18 - "Castiga a teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo").
- Nunca exercer violência psicológica no lar - assim somos exortados em Ef. 6.4 "E vós pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor."
5.Apoiar a lei e a ordem - Devemos procurar encorajar o exercício da justiça de Deus (Jr. 22.3) "Assim diz o Senhor: executai o direito e a justiça, e livrai o oprimido da mão do opressor; não oprimais ao estrangeiro nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar".
Nunca devemos deixar de orar por nossos governantes, para que eles sejam ministros eficazes de Deus (1 Tm 2.1,2a).
6.Olhar para o alvo. Devemos almejar o ideal, expresso de forma precisa, profeticamente, por Isaías (59:18) "Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruína nos seus termos; mas aos teus muros chamarás Salvação e às tuas portas Louvor", sabendo que Deus nos resgatou do pecado exatamente para que tenhamos esse tipo de paz, que é um prenúncio da paz eterna, em Sua presença.
7.Pregar a palavra. Devemos ter o convencimento que a violência, sendo uma conseqüência do afastamento de Deus e de seus princípios tem o seu remédio final na conversão do pecador.
Nisso podemos e devemos ser agentes contra a violência, fazendo como o profeta Jonas, que, ordenado por Deus pregou em uma grande cidade, com resultados espantosos para nós, mas nunca impossíveis para Deus. Em Jonas 3.8 lemos: "... e clamarão fortemente a Deus; e se converterão, cada um, do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos".
Leituras sugeridas:
Seg.:Gn 4.4-15 - A primeira manifestação de violência.
Ter.:Gn 9:5-17 - Deus condena a violência e estabelece um pacto de paz.
Quar.:Os 4.1-6 - A violência em uma sociedade sem Deus.
Qui.:Mt 5.1-12 - A postura pessoal do crente é pacífica e não violenta.
Sex.:Mt 26:46-52 - Cristo entrega a sua vida e condena a violência.
Sáb.:Rm 13.1-7 -O governo ideal reprime os violentos e recompensa os ordeiros.
Dom.: Ap 13.7-10 - Violência contra os santos de Deus.
Artigo de Solano Portella.


Deus abençoe a todos!

Fonte: http://www.estudodabiblia.com.br/Estudos/violencia.htm

terça-feira, 15 de março de 2011

Versículos do dia

Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu fizeste notória a tua força entre os povos.
Salmos 77:14

E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
Marcos 8:34

Graça e Paz a todos! Tenham um bom dia!


Por Pr. Sérgio Baldi

segunda-feira, 14 de março de 2011

Alma e Espírito


Jesus garantiu ao ladrão que ele iria para o céu. Ou se vai para o céu, morar com Jesus, ou se vai para um lugar de tormentos (Lc 16.19-31)

       O que existe sobre alma e espírito, é que alguns crêem que o homem possui alma e espírito; outros, que possuem só espírito, ou que alma e espírito são a mesma coisa. Que a alma,como sede de nossos sentimentos, é inseparável do corpo; e que o espírito está ligado a Deus.
        

Qual a Diferença entre Alma e Espírito?

       Há duas interpretações sobre a composição físico-espiritual do homem. A primeira, defendida pelos “tricotomistas”, diz ser o homem formado de corpo, alma e espírito. A segunda, a dos“dicotomistas”, sustenta que o homem possui apenas corpo e alma, sendo esta dividida em duas substâncias: a alma propriamente dita, ligada aos nossos sentimentos, e o espírito, que tem consciência e possui o conhecimento de Deus. O Antigo Testamento não faz muita distinção entre alma e espírito:
 
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida. E o homem foi feito ALMA VIVENTE” (Gn 2.7).
 
       O termo espírito deriva do hebraico “ruah”, do grego “pneuma”, do latim “spiritus”, e significa sopro, hálito, vento, princípio de vida. Logo, nossa parte imaterial ou espiritual foi formada de uma parte da essência (do sopro) de Deus (Ez 3.19; Pv 23.14; Sl 33.19). No Novo Testamento, vemos alguma distinção entre alma e espírito:
 
“A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1.46-47).
 
       Outras referências: Hb 4.12; 1 Ts 5.23.
 
Jesus disse:  “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”  (Lc 23.46).
 
       A verdade é que o homem possui uma parte material (o corpo) formado do pó, e uma imaterial, formada do sopro de Deus. Quando esta parte imaterial se relaciona com a carne (sensações, emoções, vontade), chama-se ALMA; quando serve de ligação com Deus, chama-se ESPÍRITO. Admitimos que alma e espírito são inseparáveis e imortais, com funções distintas no corpo.
 

Outra de meus arquivos, respondendo a uma consulta:

       O nosso destino é o céu. Quanto ao "Seio de Abraão", é uma expressão que se traduz como paraíso. "Os judeus, quando tomavam as suas refeições, recostavam-se em leitos, apoiando-se cada um no seu braço esquerdo, e desta forma podia-se dizer que o seu vizinho próximo se reclinava no seu seio (v. Jo 13.23). Portanto, o seio de Abraão, sendo este o pai da raça hebraica, significava uma situação de grande honra e bênção depois da morte (Lc 16.22)”. Na parábola do rico e Lázaro (Lc 16.19-31) Jesus usou essa expressão - Seio de Abraão - para designar paraíso. Em 2 Co 12.4, paraíso e céu são sinônimos. Paulo disse que gostaria de morrer logo e seguir rumo ao céu, para estar com Cristo; ao ladrão na cruz Jesus disse: hoje estarás comigo no paraíso. Não devemos nos preocupar com essas questões escatológicas. Prefiro dizer que iremos para o céu. Moisés e Elias apareceram a Jesus em Sua Transfiguração. Compreende-se que estivessem, já, gozando das delícias do Céu. A Bíblia diz que Elias foi elevado ao céu num redemoinho.
 
No estágio em que vivemos, presos à carne, não estamos plenamente capacitados a conhecer a verdade na sua plenitude. A Bíblia diz que toda a verdade será conhecida quando estivermos na glória. Aqui vivemos pela fé. O importante é levarmos uma vida cristã sadia, pensando mais nos outros que em nós, fazendo o bem, dando testemunho do que Cristo fez em nossas vidas, participando do pão e do vinho, congregando, louvando e engrandecendo o nome do Senhor Jesus Cristo.
A Paz
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Explicação do Salmo 23 escrito por Davi


Paz e Graça a todos


O salmo 23 é um dos textos mais conhecidos da Bíblia. A grande maioria das pessoas no mundo inteiro (crentes e até descrentes) conhece o salmo 23, que é o salmo do pastor. Quem não conhece as palavras: “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará”? Certamente você já encontrou essas palavras ou todo o conteúdo do salmo 23 sendo citados em vários lugares: adesivos em pára-brisas de carros, pára-choques de caminhões, estampas de camisas, quadros de paredes e etc. Salmo 23 também é muito conhecido por ser o salmo preferido para ser lido em velórios. Muitos conhecem e gostam das palavras do salmo 23.
Mas a questão a ser feita é a seguinte: Será que todos que conhecem o salmo do pastor conhecem também o Pastor do salmo? Todos podem realmente confessar as palavras deste salmo? Todos podem dizer: O SENHOR é o meu Pastor, nada me faltará? Ou afirmar com confiança: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum; porque Tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam?”. Quem pode confessar estas palavras?
Salmo 23 é um cântico de confiança em Deus; são palavras proferidas por um crente que conhece e confia no SENHOR. Salmo 23 é uma confissão de fé do crente que deposita sua confiança no cuidado e na proteção de Deus. No salmo 23, o salmista usou duas figuras para expressar sua atitude de confiança em Deus: 1 - A figura do pastor que concede repouso, proteção, direção e consolo para o rebanho que está sob os seus cuidados (v.1-4); 2 - A figura de um anfitrião que recebe com honra um hóspede em sua casa, oferecendo-lhe um grande banquete e ungindo-o com óleo (v.5,6). Ambas as figuras, além de expressar a confiança do salmista, evidenciam o cuidado e a bondade de Deus para com aqueles que lhe pertencem e nele confiam.
Neste sermão vamos tratar especialmente do versículo 4, atentando para o cuidado de Deus para conosco como nosso Pastor. Nós podemos confessar com confiança as palavras do salmo 23, pois conhecemos não apenas o salmo do pastor, mas principalmente o Pastor do salmo. As palavras do salmo 23 têm um profundo significado para nós que cremos em Deus. Ele é o Nosso Pastor e nós somos ovelhas do seu rebanho e como tais estamos peregrinando nas veredas deste mundo. Nessa peregrinação necessitamos depositar nossa confiança Nele.

Tema: O crente peregrino confessa a sua confiança em Deus, Seu Pastor.

Com base no Salmo 23, nós precisamos entender nossa peregrinação à luz da figura de um rebanho que está sendo conduzido por um pastor. Salmo 23 foi escrito por Davi que, antes de conduzir o povo de Israel como um rei, conduzia um rebanho de ovelhas como um simples pastor. O pastoreio de ovelhas era uma atividade comum no meio do povo de Israel. Davi conhecia muito bem o trabalho de um pastor. Sua tarefa como pastor era conduzir o rebanho de um pasto para outro a fim de providenciar alimento para as ovelhas. Ele sabia dos perigos que as ovelhas haveriam de enfrentar. Também era seu dever proteger as ovelhas dos perigos (animais ferozes). À procura de verdes pastos, as ovelhas tinham de caminhar sob a liderança do pastor. Nessa caminhada era necessário passar por caminhos pedregosos, subir montanhas e também descer por meio de vales sombrios. A região de Israel era uma região geograficamente acidentada. Havia muitas montanhas e também vales sombrios e escuros. As ovelhas eram animais sensíveis que facilmente se assustavam, principalmente quando passavam por vales escuros. Elas tinham de confiar no pastor que as conduzia.

Cada crente é uma ovelha que está peregrinando nas veredas deste mundo. Essa peregrinação nem sempre será por caminhos planos e pastos verdejantes, mas há também montanhas e vales a serem transpostos. Nenhum crente vai conseguir caminhar sozinho. Todos precisam do cuidado e da proteção de Deus para prosseguir na peregrinação. É necessário que todos os crentes peregrinos depositem toda sua confiança em Deus, principalmente diante dos perigos e males que podem encontrar na sua peregrinação.
A exemplo de um rebanho de ovelhas, nós também estamos sujeitos a andar no meio de vales sombrios e escuros durante nossa peregrinação. Por essa razão precisamos confiar Naquele que nos conduz. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte...”. A expressão “vale da sombra da morte” é uma expressão muito forte. Ela aponta para trevas profundas. Poderíamos pensar, por exemplo, na grande escuridão que há no final de um poço profundo. Tal expressão também é usada na Bíblia para referir-se à morada dos mortos, que é um lugar de densas trevas e escuridão (Jó 10.21,22). Ninguém gosta de ficar num lugar muito escuro. Trevas provocam medo nas pessoas.

No entanto, não estamos livres da escuridão. Poderemos passar pelo vale da sombra da morte. O salmista reconhece isso quando diz: “ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte”. No contexto do salmo 23, a expressão vale da sombra da morte é uma figura que aponta para a realidade dos terríveis perigos e males que o crente pode experimentar durante sua peregrinação nesta terra. Davi deixa bem claro que os crentes não estão isentos de perigos nesta vida. Eles podem sofrer males nesta vida. Não é pelo fato de você já ser crente e ter Deus como seu pastor que as aflições e males do tempo presente deixarão de existir na sua vida. O próprio Jesus disse que no mundo teremos aflições (Jo. 16.33). Não devemos pensar e ensinar como muitos outros aí afora estão fazendo ao afirmarem que uma vez que você se tornou crente, seus problemas acabaram e você não pode mais sofrer mal ou perigo algum. E se isso está acontecendo em sua vida é porque você está em pecado. Não é isso que a Bíblia ensina. Conforme a Bíblia, estamos sujeitos a andar pelo vale da sombra da morte, a enfrentar perigos em nossa peregrinação.
Que perigos ou males poderíamos experimentar em nossa peregrinação? Podemos citar alguns exemplos gerais: fome, doenças, desemprego, outras calamidades públicas tais como seca, cheias, tempestades; problemas familiares, morte e outros males que podem nos afligir. Todos estes males e perigos constituem o vale da sombra da morte pelo qual estamos sujeitos a andar em nossa peregrinação. Sejamos mais específicos. Pense por exemplo na situação de um jovem crente que foi acometido por uma doença gravíssima tal como o câncer e que está com os dias contados para morrer. Tal crente está peregrinando pelo vale da sombra da morte. Pense também no caso de uma mulher crente que vive uma vida sofrida por ter um marido descrente que não a apóia em nada. Ela está passando pelo vale da sombra da morte. Um outro caso seria o de um pai de família que está desempregado e sem condições de sustentar sua família. Ele está andando pelo vale da sombra da morte.

Tais perigos e males são comuns a crentes e descrentes. É inevitável que eles venham para todos. Mas há uma grande diferença. Qual é a grande diferença? A grande diferença está na atitude de ambos diante do vale da sombra da morte pelo qual passam. O descrente, embora necessitando, não deposita a sua confiança em Deus. No meio dos perigos e males que lhe sobrevêm nesta vida, podem chegar a murmurar e blasfemar contra Deus. Também sentem um grande medo do mal que lhes acontece, pois não conhecem nem confiam em Deus, aquele que é maior que o mal e que tem poder para transformar o mal em bem em favor dos seus filhos.
O crente, porém, diante do vale da sombra da morte que está passando, confessa com toda confiança: “não temerei mal nenhum”. Com essa confissão de fé, o crente não está negando o poder e a realidade do mal que pode lhe sobrevir, mas está afirmando com plena segurança que não há de ser abalado com o mal ou perigo que pode lhe acontecer no vale da sombra da morte. Ele não tem medo de andar pelo vale da sombra da morte nem de enfrentar o mal e o perigo que há neste vale. Os vales escuros e sombrios pelos quais o crente anda em sua peregrinação não lhe infundirão medo. Sua confissão firme e segura no meio do vale da sombra da morte é: “Não temerei mal nenhum”.

Por que o crente não teme o mal que há no vale da sombra da morte por onde ele está passando? Por que ele confessa com confiança: “não temerei mal nenhum”? Em que, ou melhor, em quem ele baseia a sua confiança? Ele mesmo confessa a base para a sua confiança: “... porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”. Ele conhece e confia no SENHOR que é o seu pastor e o guia a todo o momento, especialmente quando ele está andando pelo vale da sombra da morte. Quando estiver sendo afligido e pressionado com os perigos e males que a sua peregrinação lhe apresenta, ele então confessará com confiança: “Não temerei mal nenhum”; ele dirá com toda segurança: “Em me vindo o temor, hei de confiar em ti. Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei” (Salmo 56.3,4). O crente não confia em si mesmo para prosseguir em sua peregrinação, mas baseia sua confiança no SENHOR que é o seu Pastor que o guia e está sempre presente na sua vida. Porque tu (SENHOR) estás comigo.

O crente não confia num Deus distante, mas num Deus que está sempre presente em sua vida. “Porque Tu (SENHOR) estás comigo”. A palavra que Davi usa aqui e que foi traduzida pelo termo “comigo” transmite a idéia básica de comunhão e companheirismo; aponta para alguém que está sempre junto de outra pessoa mantendo a comunhão com ela. Pense na figura do pastor. Assim como o pastor não abandona suas ovelhas, mas está sempre junto delas, assim também o SENHOR Deus jamais nos abandona, mas está sempre perto de nós e presente em nossas vidas, guiando-nos em nossa peregrinação. Ele é o Nosso Pastor e jamais nada nos faltará, pois ele não se esquece nem desampara a nós, suas ovelhas.
Não somente no Salmo 23, mas também em muitos outros lugares do Antigo Testamento encontramos a comparação do relacionamento de Deus com o seu povo como o relacionamento de um pastor com suas ovelhas (Sl. 28.9; Is. 40.11). Tal relacionamento é evidenciado pela comunhão. Deus está sempre presente no meio do seu povo. Ele é o Deus Emanuel (Deus Conosco). Como o Senhor esteve presente no meio do seu povo na época do Antigo testamento? Pensemos na peregrinação de Israel no deserto. Deus conduziu o seu povo e jamais o abandonou durante quarenta anos em meio ao calor e a escuridão do deserto. Durante o dia o SENHOR era com o seu povo por meio de uma nuvem que os guiava. À noite, o Senhor se apresentava numa coluna de fogo para iluminar o caminho do seu povo e guiá-lo pelo deserto. Além disso, a arca da aliança que se encontrava no tabernáculo, simbolizava presença de Deus no meio do seu povo. Israel podia caminhar seguro e confiante, pois o SENHOR, Seu Pastor, era com ele por onde quer que andasse. O SENHOR sempre cuidou do seu povo, providenciando-lhe alimento e dando-lhe proteção dos inimigos.

Nós somos o novo Israel de Deus, as ovelhas que pertencem ao rebanho do seu pastoreio. Nosso pastor também está presente no meio de nós. Como Deus está presente em nosso meio? Através do SENHOR Jesus Cristo. Cristo é o nosso pastor que está em nosso meio. Ele é o nosso Emanuel, o Deus conosco. Ele próprio se identificou como o nosso bom pastor. Ele conhece suas ovelhas e deu sua vida por elas. Ele viveu na terra entre os homens, esteve presente no meio dos seus discípulos. Deu sua vida por suas ovelhas, ressuscitou, foi para junto de seu Pai, mas não se esqueceu nem abandonou a sua igreja. Ele prometeu aos seus discípulos e também a nós: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt. 28.20).
A nuvem, a coluna de fogo, a arca da aliança apontavam para Cristo que viria habitar com seu povo. Hoje ele está conosco guiando-nos em nossa peregrinação, não mais por meio da nuvem, da coluna de fogo, da arca da aliança, mas através do Seu Espírito e da Sua Palavra. Seu Espírito é o nosso Consolador que habita em nós e está sempre do nosso lado encorajando-nos diante das tribulações que passamos. Sua Palavra que está conosco nos revela os seus mandamentos para que os guardemos, e também nos conforta com as suas maravilhosas promessas. Em meio à nossa peregrinação, especialmente no vale da sombra da morte, podemos confessar com toda confiança que Cristo, o nosso Bom Pastor, está sempre conosco. Sua vara e o seu cajado nos dão consolo. A vara e o cajado são instrumentos importantes no trabalho de um pastor de ovelhas. A vara é uma peça de madeira bem dura que serve como instrumento de defesa. Com esta vara o pastor defendia as ovelhas de animais ferozes. O cajado, por sua vez, é uma vara bem longa que contém uma curva em uma de suas pontas. Era usado para dirigir as ovelhas e também para puxar algumas ovelhas que tinham caído em algum buraco durante a caminhada. Era um motivo de grande consolo e alegria para as ovelhas quando o pastor as protegia de animais ferozes, fazendo uso de sua vara, e também quando as conduzia com seu cajado e as tirava do buraco quando caíam. 
Cristo é o nosso pastor. Ele nos providencia tudo o que precisamos para nosso corpo e nossa alma. Ele nos defende e protege por seu poder contra todos os inimigos. Nele encontramos refúgio e consolo. Sua palavra e o seu Espírito nos consolam.

Você está passando pelo vale da sombra da morte? Não fique amedrontado. Confie no Seu Pastor. Ele é contigo por onde quer que andares.Por que temer o vale da sombra da morte? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem poderá nos separar do seu amor e da sua presença? Os perigos e males desta vida? Nossas tribulações? O diabo? A morte? Não! Nada nem ninguém poderão separar-nos do amor e da presença do Nosso Deus. Portanto, confessemos com confiança que o SENHOR está sempre conosco, conforme as palavras de confiança do Salmo 46: “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam... O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (vs. 1-3,7).

Não importa quão escuro seja o vale no qual estamos peregrinando, não temeremos mal nenhum, pois o Nosso Pastor está sempre conosco guiando-nos em nossa peregrinação e consolando-nos com Sua Palavra e Seu Espírito Santo. O SENHOR é o nosso pastor e nada nos faltará! Ele cuida sempre de nós. Por isso, como crentes peregrinos, confiamos nele em toda nossa peregrinação, inclusive quando estivermos passando pelo vale da sombra da morte.
AMÉM.



Jesus abençoe sua vida!



Versículos do dia

Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras.
Salmos 104:13

Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças.
1 Timóteo 4:4

Jesus abençoe sua vida!


Por Pr. Sérgio Baldi